Não é novidade o quanto os jogos eletrônicos vem conquistando cada vez mais cedo nossas crianças, é só observar na sala de espera de um consultório quantas crianças se distraem com o celular da mãe/pai, na lanchonete, nos encontros de família, no cotidiano eles tem roubado a cena. A questão não é o acesso aos celulares, tablets e computadores e sim o tempo dispendido neles e a baixa frequência aos jogos e brincadeiras da época de nossos pais e avós que tem ficado cada vez mais esquecidos.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda um tempo especifico para cada faixa etária e o que tem se observado é que essa orientação não tem sido respeitada e as crianças tem ultrapassado o tempo limite, passando muitas horas em jogos e atividades virtuais.
O que chama a atenção dos profissionais são as justificativas relacionadas as preferências dos pequenos dizendo que os mesmos gostam e por outro lado o baixo oferecimento de brincadeiras alternativas. Vamos pensar criança gosta mesmo e muito é da presença das pessoas do seu convívio e quando elas não conseguem isso os eletrônicos tornam-se mais convidativos, pois os mesmos são muito interativos, mais não se engane a psicóloga do NASF e articuladora local da Primeiríssima Infância de Macaubal Débora Camila Fernandes alerta nenhum jogo virtual substitui a presença, o contato pele a pele, olho no olho, palavras de incentivo, valorização, afeto o ensino de regras e limites.
E para falar sobre a oportunidade e acesso as brincadeiras reais a Primeiríssima Infância de Macaubal esteve presente na última edição do Mutirão da Saúde e Cidadania de Macaubal que aconteceu no dia 19 de junho, na oportunidade foi apresentado e confeccionado bonecos sensoriais, pode-se notar o encantamento das crianças que formavam fila e esperavam sua vez para aprender a construir seus bonecos, aqui cabe a pergunta será que estamos nos mostrando disponíveis para nossos filhos? Vamos refletir sobre o imediatismo, deixar nossas crianças além do tempo recomendado nos jogos eletrônicos pode parecer uma boa alternativa mais lembre-se não é a melhor e os riscos são muito tais como dificultar o desenvolvimento de habilidades de linguagem e sociabilidade. Valorize os momentos reais com seu filho, esteja presente, estimule a correr, pintar, cantar, construir.