A Santa Casa de Macaubal passa por crise financeira e segundo seu provedor, João Florentino Neto a situação só seria revertida se o repasse que a prefeitura realiza, R$ 60 mil mensais, passasse para R$ 90 mil. Na segunda-feira, 11 de janeiro, foi feita uma reunião com o prefeito, advogados do município, pessoal da saúde e diretores do Hospital, na qual a prefeitura queria diminuir para R$ 35 mil. “Se isso acontecesse, a Santa Casa fecharia as portas”, afirma o provedor, João Florentino Neto, popular João Tomate.
Segundo o provedor, a prefeitura afirma não ter condições de aumentar o repasse por falta de recursos. “Foi acordado que eles iam rever se mantém o valor de R$ 60 mil, o que deve ser resolvido nos próximos dias. Mesmo assim a Santa Casa trabalhará com déficit de R$ 30 mil mensais (ver balancete no final da matéria), que devem ser supridos por realização de eventos, como bingos, leilões e cavalgadas. A população nos ajuda bastante nesse sentido”, comenta.
Em 2015 foi aprovado na Câmara o repasse no valor de R$ 60 mil mensais, totalizando R$ 720 mil no ano. “Referente a 2015, a prefeitura ficou devendo R$ 140 mil em repasses, acertou R$ 45 mil, restando R$ 95 mil, que saldaria os dois meses de salários dos médicos que estão em atraso”, explica João Tomate.
Atendimentos
Só no mês de dezembro de 2015, a Santa Casa de Macaubal realizou 1.786 atendimentos, sendo 1.360 pelo SUS – Sistema Único de Saúde, 359 por convênios e 67 pessoas atendidas filantropicamente.
De acordo com a diretoria, somente de 01 a 11 de janeiro já foram realizados 600 atendimentos pelo SUS. “Se a Santa Casa fechasse as portas, esses pacientes iriam tudo para o Centro de Saúde do município, que não suportaria”, lembra o provedor.
Melhorias
Em seis meses de 2015, a diretoria realizou cinco eventos que arrecadaram cerca de R$ 150 mil ao todo. O valor foi usado para pagar médicos e reformar a Santa Casa. “Colocamos piso, ar condicionado, sala de inalação e soro fizemos uma sala nova. As reformas foram feitas de acordo com a exigência da Vigilância Sanitária”, disse o provedor.
Ele ainda fala sobre as melhoras no atendimento. “De junho pra cá temos médicos 24 horas, remédios, o paciente entra lá e não paga nada, é atendido pelo SUS. E também atendemos convênio”, encerra João Tomate.
