Aparecida Claudina Roberta nasceu na área rural de Macaubal em 04 de março de 1935. Filha de Joaquim José Roberto e Gerônima Claudina, família muito humilde, começou a trabalhar na roça aos 7 anos.
Foi crescendo e alternava entre trabalhos na roça e em casa de família.
Casou-se em 1963 com Odário Fernandes Lisboa, tiveram cinco filhos, Valdemir, Valdeci, Valdenice, Vanderli e Maria Aparecida. “Não tive muita sorte no casamento, acabei ficando sozinha com os 5 filhos quando meu marido foi embora”, afirma Aparecida.
Segundo ela, na época várias pessoas queriam que ela entregasse os filhos para alguém criar. “Não aceitei, trabalhava dia e noite, mas criei todos eles com muita luta”, conta Aparecida que tem dez netos e três bisnetos. Hoje os filhos estão todos bem criados, tem suas casas e andam pela cidade de cabeça erguida.
Cinco anos após a separação casou-se novamente, desta vez com Antônio de Oliveira (in memoriam), com quem teve uma filha, Silvia Helena.
Sua vida foi de muita luta. “Criei os filhos numa época que não tive muita ajuda, meu pai era doente então ele cuidava das crianças para eu poder trabalhar”, lembra.
Mas um dia realizou seu grande sonho. “Consegui comprar o terreno com muita luta, muito trabalho, tinha dia que chegava em casa era quase 10 da noite trabalhando na roça. Mas graças a Deus estou feliz e consegui realizar o sonho que tinha”, diz. Aparecida ainda lembra-se de ter carpido o terreno em que mora, quando ainda pertencia a uma grande fazenda e o município não era como hoje.
Fé é uma palavra constante em sua vida. “Criei na igreja católica até os 60 anos e depois passei a ser evangélica. Tenho muita fé em Deus e é difícil eu fazer um pedido que não consigo a bênção”, destaca.
De família humilde, Aparecida não aprendeu a ler e escrever, mesmo assim possui muita sabedoria. “O que aprendi foi tudo na vida, graças a Deus”.
Preza por sua família. “Gosto muito de estar com a família sempre reunida. Aqui criei os meus filhos, que andam em qualquer lugar de cabeça erguida, não tem inimizades, nenhum drogado, nenhum bandido. Criei todos com muita honestidade, amor e carinho”, orgulha-se.
Com muita disposição, Aparecida trabalha até hoje. Em sua rotina, acorda às 06h30, faz café, cuida de casa, varre o quintal, rastela e ainda arruma tempo para visitar os filhos com frequência.
